quinta-feira, 24 de maio de 2007

- Capitulo II – Fogo Cruzado –

Céu aberto, dia ensolarado, parecia até que não era o ano de 2047 em plena Alemanha

Rache: - Hei hei... Onde estamos ?

9°: - Aqui é o meu refugio. Eu chamo de Vergessenheit é onde eu reúno os Kriegers que consigo e organizo tudo, é disso aqui que você pode fazer parte, caso assim deseje.

Vou te explicar mais ou menos como funciona a coisa toda pra você. Existem 3 tipos de seres no nosso planeta, até agora, *risos*.

Rache: - Seres ? Agora é minha vez de rir, vai me dizer que são aliens ou coisa do gênero ?

9°: - Não, são todos humanóides, inicialmente não se sabia o que causou ou o que despertou o poder neles, mas me lembro perfeitamente do dia que eu bati a primeira vez com um Haiten, tenho marcas até hoje.

O 9° mostra levantando parte de trás da camisa, mostrando suas costas nua totalmente deformada, quanto mais se procurava uma parte que não tivesse uma cicatriz mais cicatrizes se achavam.


9°: - Mas já falaremos sobre eles. Primeiramente os Homo sapiens: - Dotados de um raciocínio magnífico e extrema capacidade de destruir ao invés de construir, esses, você conhece bem... Pode falar, até pensava que seria um pelo resto de sua vida. *risos* ...


Rache não via muita graça no que o 9° falava, mas prestava toda atenção do mundo em cada palavra que era proferida, aquele mundo novo era uma coisa extraordinária, por alguns minutos ele se manteve tão encantado com as explicações que se sentiu como num parque, quando era criança, ouvindo estórias de sua mãe.


9°: - Os Haitens: Seres sem nenhuma noção de realidade, regra ou inteligência, mas dotados de extrema capacidade regenerativa e de gerar impulsos elétricos e manipular algumas diferentes formas de energia. Eles diferente dos Kriegers, não possuem diferenças exemplares em termos de dons pessoais e habilidades extraordinárias.

Rache: - Como se fossem bestas, feras selvagens?


9°: - Sim, mais ou menos isso, só que por trás de Haitens algumas vezes se encontram Kriegers. E falando em Kriegers, esses, como você, são dotados de um poder em especial, dependendo de sua linhagem original.


Silencio da parte de Rache.

9°: - Certo, deixe-me explicar melhor, sua expressão me diz que você esta altamente fora de sintonia com o assunto.

Você vem de uma linhagem de Kriegers muito, muito antiga. Seu ancestral Vollock Rache, pai de seu bisavô, foi um dos primeiros a lutar ao meu lado. Ele tinha a mesma capacidade que você desenvolverá por completo, a desaceleração do fluxo continuo do tempo, mas essa habilidade funciona somente para você.

Rache: - Espera, então quer dizer que não foi você que fez aquilo na sala

9°: - Ahahaha, não, não Rache, eu apenas despertei em você a chance de se levantar e lutar uma batalha digna de um Krieger. Alem do mais, você mesmo me procurou em todos os sonhos que você teve, você queria realmente algo de diferente na sua vida, em parte a sua linha genética é um tanto quanto complicada de se trabalhar, mas são uns dos mais bravos que já presenciei em batalha.

Rache: Então, o que foi aquilo no meu quarto? Aquele garoto era bem parecido com você e ele me lembra crianças de um projeto que eu vi anunciado na T.V. chamado Breed8.

9°: - É, essa parte é mais complicada de explicar hehehe, bom digamos assim, eu sou o erro deles, eu sou o único que, não é controlado ali, então, sou o único que bato de frente. Rache me diga uma coisa, quando foi a ultima vez que você realmente se lembra de ter ficado doente ou algo do gênero ?

Rache: Ahhh, mês passado eu tive um resfriado ! Ou foi o retrasado ?

9°: - Pare e pense bem sobre o assunto, voce NUNCA ficou doente Rache, nunca no maximo dores musculares, ou por esforço repetitivo. Seu DNA é quase perfeito, *risos*.

Rache:... Agora você me pegou, não lembro, não lembro mesmo, desde que era pequeno, nunca lembro de ter ficado de cama.

*continua*

sexta-feira, 18 de maio de 2007

- Capitulo 1° - A dança das armas Parte II

As estocadas na porta continuavam, o ambiente ficava cada vez mais frio, parecia que a presença do menino dentro da sala a transformava em um ambiente gélido como se fosse um túmulo de gelo. Os dois ali parados, o menino com a mão aberta a espalmar o peito do jovem Rache, por alguns segundos, as lágrimas do rosto de Rache, escorriam devagar, como se estivesse em câmera lenta. Sua visão se torna aguçada, ele consegue enxergar cada detalhe da cena com perfeição, desde o menor grão de poeira voando em volta da maçaneta da porta recém abalada. Alguns segundos depois a sensação some, e ele volta ao normal, mas ainda assim se sente muito revigorado, e pronto pra travar 100 batalhas de dias inteiros.


Rache Pensando: O tempo realmente está parado, mais ainda consigo me mover, mesmo que devagar, olhe... que lindo que é o tempo devagar, sinceramente me sinto tão bem vendo essa cena o quanto me senti bem na primeira noite que minha família toda passou a virada do ano junta. Agora me lembro, foi a ultima vez que eu a vi sorrir. Ela estava tão linda naquele dia...

Cada movimento pode ser tão bem observado, tudo tem tantos detalhes, o deslocamento de cada fibra de músculo que eu tenho no braço, o que é esse tipo de visão que eu experimentei ...? E porque diabos, essa porta não veio a baixo ainda?

Nisso seu pensamento antes que tomasse algum rumo próspero e conclusivo, Rache é interrompido pelo 9°.

9°: - Cresce a semente dentro de ti filho, não te espanta, sua hora de discordar de tudo que vives e livrar-se de sua maldição de carne vai chegar, não se preocupe com a porta, ela não vai ceder.

O 9° tinha uma inscrição, feita a cicatrizes, bem no meio do peito, lá se conseguia ler “Teufel”.

Rache: - Mas garoto, por que está sendo assim? Não sou seu pai, não conheço sua pessoa, porque me paras ao meio da noite, puxando meu lençol e balançando minha cabeça? Me fazendo ver todas essas coisas, você quer me comprar ! Para que você precisa de mim, se, claro, dotado de poder magnífico és.

Nesse momento Rache nota que não mais abria a boca e falava, na verdade seus pensamentos estavam interconexos com os do 9°.

9°: - Eu não preciso realmente de ti humano, poderia escolher outros, mas escolhi você por motivos que não fariam sentido algum se os explicasse agora.

E apontando para o peitoral do 9° ele perguntou.

Rache: - Entendo, e o que é Teufel?

Um forte deslocamento de energia ribomba entre os dois, jogando uma para cada lado do quarto frio, o peito de Rache começa a queimar em brasa viva, ele, nisso, solta um grito desesperado de dor. O tempo que estava passando até agora devagar, retorna ao normal.

9°: - Acalme-se! Gritou o 9° do outro lado do quarto.

- Não vai doer só dessa vez, então, espero que tenha aprendido a lição. Pegue o pano que eu amarrei no seu braço e ponha sob seu peito. Vai trazer-lhe certo conforto.

Esse é um nome a muito esquecido. Você não deveria tê-lo pronunciado, é fraco demais ainda para suportar, agora não temos mais o tempo que achei que tínhamos, anda, depressa, vamos sair daqui.

Rache se levanta e começa a vestir a calça e diz: Então, você pretende nos matar a todos?

9°: - Matar a todos? Hahahahaha, você com certeza leu muitos quadrinhos e ouviu estórias de terror em acampamentos não ?

Ver o garoto daquele tamanho rindo da cara de Rache o deixava extremamente irritado.

9°: - Não todos, alguns de vocês já nasceram mortos.

- Hahaha, entenda, não sou mal. Eu apenas tenho que fazer o que faço, porque todos nascemos com um propósito. O meu, é achar os Kriegers, Venha... vamos... eu vou te dar um dia inteiro pra você entender e decidir onde quer ficar, mas nesse momento temos que sair daqui.

E como num filme de ficção eles começam a desaparecer, mas entre o começar e o desaparecerem completamente Rache pode ver perfeitamente a porta se estilhaçando em 1000 pedaços, um grupo de 7 homens entrando e metralhando os dois, mesmo que nenhuma bala os atingisse. Também atrás dos homens armados, uma criança bem parecida com o 9°, só que bem vestido, de terno, com um medalhão pendurado com o mesmo desenho que o 9° portava na sua mão direita.

E no meio tempo Rache ainda teve tempo de pensar.

O que eram esses garotos?

Para onde ele estava indo?

Iria perder sua vida normal?

Ele parecia ter medo e ao mesmo tempo estar gostando disso tudo, essas mudanças pra ele realmente eram coisas magníficas. Mas, pairavam essas duvidas na cabeça dele.

Quem realmente é o 9°?

O que é o Vergessenheit?

O porque diabos eu sou um Krieger? ... sou?

terça-feira, 15 de maio de 2007

- Capitulo 1° - A dança das armas

Rache: Quem é você criança, e porque esta balançando minha cabeça? Que fazes aqui?

9°:Eu sou o 9°.

Rache: 9°? Como assim? Isso é algum tipo de brincadeira?
Meu deus, seus olhos eles estão cheios de sangue garoto o que aconteceu com você?

9°:Meus olhos sangram porque a verdade dói, só quando se consegue ver atravez de uma mentira. Se todos fossem como eu, não teríamos problemas com mentiras.

Rache:Veio para me buscar? O que é você menino? Tens corpo de criança e olhos de um velho apático, outrora pensara já ter visto feições semelhantes.

9°: Já estive ao seu lado, algumas vezes em sua vida, por exemplo, no dia em que você tirou a vida daquela jovem.

Rache Pensando: *Meu deus, como ele sabe disso, não havia 1 pessoa sequer, a 1 quilometro do local*

Rache: QUEM É VOCE!!!??

9°: Eu sou as respostas que você esperava, sou os pecados que você cometerá, sou o ...

*Nisso um grande estrondo na porta*

ABRA AGORA, CUIDADO COM ESSA CRIANÇA ELA NÃO É QUEM VOCE PENSA.

9°: Não ligue para o que eles falam, afinal de contas, você sabe muito bem que não tem a temer isso é o que você sempre esperou. Agora você vai ter que escolher entre trilhar aqui sua batalha ou no Vergessenheit.

Rache: O que me espera lá? Nunca ouvi falar desse lugar... Fica nas Américas... ? Versen o que?

9°: Não, não estamos falando de paises, não diga besteiras homem. Escolha logo, ficar aqui ou ir para lá!

Rache: Mas que milagres me traz o mundo dos homens? Já não mais quero viver aqui, onde tudo que é dito tem mais interpretações que o próprio número de palavras da frase formulada.

- O 9° abre a palma de sua mão, lá um símbolo, rodeado de 9 estrelas, e encosta no peito de Rache

Prólogo - Revelações

2085 - Ruas vazias, ar pútrido, temperaturas que chegam a 68ºC durante o dia e -50ºC a noite. Adeus camada de ozônio, adeus realidade, tchauzinho paz, olá mutações e revelações.
E assim estava escrito no livro de Ganush o grande Rishi Hindu com seus 330 mil deuses - "A derrota vira a todos inclusive aos místicos. Não somente a humanidade perecerá. Quem procura a verdade lá fora, não vê a realidade aqui dentro ..."
Já nem me lembro mais como era o "verde". Vi um folheto rolando outro dia perto do bar do Gibs que dizia:  

Green Hill o melhor lugar para se morar, respire ar puro e sinta-se a vontade. Havia no panfleto escrito em letras miúdas: A equipe Glasco Corp não permite a entrada de místicos em seus Domos.


 Deixe-me explicar um pouco da dura realidade para vocês, vamos voltar a 10 anos atrás, as palavras sábias de Ganush.

A 10 anos atrás as previsões do Rishi Ganush estando correto, ou, fosse mera coincidência, o desastre aconteceu. A guerra dos místicos como ficou conhecida, devastou 80% do planeta terra, destruiu quase que totalmente a camada de ozônio e fez com que tudo mudasse.

A revelação dos místicos, místicos um leque de humanoides que eram imaginadas comumente como protagonistas de filmes, séries de ficção e outras historias fantásticas. Bom, o que eu tenho a dizer para vocês é que eles eram de verdade, inclusive andavam a nosso lado o tempo todo.

Ao fim da guerra o mundo sofreu um impacto de armas biologicas tão grandes que foi descoberta e encontrada um tipo de energia jamais estudada ou vista antes, chamada Karma.

Diga tchau democracia. Tecnocracia - 3º guerra mundial. Tambem conhecida como a guerra da unificação, causou uma divisão politica muito diferente dos padrões antigos, a ciencia passou a ser o controle de toda e qualquer tomada de decisão. Existiam em base 3 poderes no governo que após a guerra entre os 3 continentes unificados, Eurasia (Todos paises da europa e asia), Africania (paises da africa e da oceania) sem contar a Australia que agora não passa de um buraco gigante no mar e Americas e agora é conhecido como 

2086 - Entrada no diário digital - Rede Social da Resistência (Resdar) - Rache diz: "O planeta é um caos, a sociedade é uma merda e meu trabalho pior ainda".  Junto a milhões de outros posts que podiam ser lidos mas não podiam ser interceptados graças aos Mesmers, uma parte da Resistência que tinha controle sobre a grande rede, e apesar de multiplos esforços da confederação não se sabe muito sobre os Mesmers, o ultimo capturado vivo utilizou um Shin Mak (Técnica parecida com um Dim Mak. mas é aplicada na propria mente, causando morte cerebral instantanea)

2087 - Fim da era Gorr. Nomeada assim pelo carrasco, digo, general de campo Albadias Gorr. Gorr era um crápula, tomou conta de 17 distritos da nova Confederação mundial - União da Africania e Eurasia em tentativa de um dominio mundial.
 
 Após um longo dia de trabalho estafante, finalmente voltava pra casa, a vizinhança não era das piores comparado descansava na sua cama de solteiro com colchão ortopédico, trabalhava como segurança, ficava o dia todo quase de pé. Foi olhando o velho relógio na parede dar voltas, conforme o ponteiro girava seus olhos pesavam mais, até que dormiu. Embalado pelo frio e a garoa lá fora,
 
 Em meio à noite, voltara a sonhar o sonho tido nos últimos dias, números e portas.
Cada dia ele passava por uma porta, já era a oitava vez que sonhava isso, toda vez que ele passava por uma, lhe era mostrado um pecado que havia cometido. Toda noite de sono que ele tinha era custosa e não confortável.
Dessa vez, durante seu sonho quando se aproximou da porta, sentiu um leve vapor quente, e um cheiro de enxofre misturado com mel. Como se tivesse sido nocauteado ao presenciar a abertura da mesma. Seu corpo desfaleceu. E ele acordou.
Quando abriu os olhos viu defronte a ele, sentado em sua barriga, uma criança magra, vestindo o que um dia foi uma bata branca e calças puídas. Com os pés paralelos aos braços de nosso amigo, balançava seu corpo como se estivesse a ninar, parecia muito com alguns membros da Breed 8, pés limpos, unhas cortadas, sem calos nem cortes ou cicatrizes.
Com uma risada o menino alcançou o bolso de trás, tirou um pedaço de pano rasgado branco e começou a amarrar no braço de Rache. Chegou bem perto lhe deu um beijo no queixo enquanto dava o nó depois segurou a cabeça de Rache e balançou devagar para frente e para trás.